Introdução

Em um mundo empresarial marcado por mudanças aceleradas, volatilidade macroeconômica e transformações tecnológicas disruptivas, a atuação dos conselhos consultivos e de administração passa por uma inflexão estratégica. O papel desses colegiados vai muito além da conformidade regulatória ou da supervisão de resultados, trata-se de desenvolver e sustentar uma governança de alto impacto, resiliente e com visão de futuro.

O papel dos conselhos na era da incerteza extrema

A incerteza deixou de ser uma anomalia para se tornar o novo padrão. Fenômenos como crises sanitárias, tensões geopolíticas, disrupções na cadeia de suprimentos e revoluções digitais exigem conselhos com elevada capacidade adaptativa, dotados de conselheiros que atuem de forma sistêmica, analítica e colaborativa.

Conselhos de alto impacto se destacam por:

  • Tomar decisões oportunas em ambientes complexos e ambíguos;
  • Incorporar inteligência coletiva e diversidade cognitiva na análise de cenários;
  • Criar cultura de confiança, empatia e aprendizado contínuo;
  • Atuar de forma colegiada e transparente, mesmo em situações de crise;
  • Demonstrar humildade, revendo posicionamentos diante de novas evidências.

A construção de uma visão de futuro

Peter Drucker já alertava: “A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. Um conselho estratégico é aquele que consegue alinhar a ambição de longo prazo com a execução no presente. Isso implica em liderar o processo de transformação organizacional a partir de três eixos:

  1. Mapeamento de tendências e riscos sistêmicos, com ênfase em inovação, ESG e transformação digital;
  2. Capacidade de revisar e ajustar o modelo de negócios, garantindo competitividade e sustentabilidade;
  3. Fomento a lideranças visionárias, que combinem propósito com pragmatismo.

Conselhos com visão de futuro promovem uma cultura institucional orientada a cenários, com agilidade decisória, accountability e foco nos stakeholders. Essa construção não é pontual, mas contínua e deliberada.

Conselhos de Alto Impacto e Visão de Futuro
Conselhos de Alto Impacto e Visão de Futuro

Evolução dos conselhos: do elementar ao estratégico

Inspirado no modelo Korn Ferry, o amadurecimento dos conselhos pode ser representado por quatro estágios:

  1. Conselho Elementar: focado em conformidade e estrutura formal;
  2. Conselho Desenvolvido: introdução de competências e comportamento colegiado;
  3. Conselho Avançado: integração de cultura, estratégia e performance;
  4. Conselho Estratégico Ativo: atuação proativa com foco em antecipação, agilidade, alocação de capital e transformação contínua.

Empresas que buscam longevidade precisam investir na formação de conselheiros com high IQ (inteligência analítica), high EQ (inteligência emocional) e, cada vez mais, high AQ (inteligência adaptativa).

O conselheiro do futuro

O conselheiro do futuro não é apenas um especialista técnico, mas um orquestrador de conexões estratégicas. Ele escuta, analisa, orienta e influencia. Possui visão sistêmica, pensamento crítico, capacidade de provocar debates de alto nível e atua com ética inegociável. Ele compreende que resiliência organizacional está intrinsecamente conectada à sua própria capacidade de desaprender e evoluir.


Nota sobre a elaboração do texto: Este texto foi feito a partir do artigo original em referência. Além disso, utilizamos uma ferramenta de Inteligência Artificial para revisar e aprimorar o conteúdo. Revisamos manualmente todo o material para garantir a precisão e clareza das informações.


Referência e leitura complementar

Conselhos de Alto Impacto e com Visão de futuro – PFCC, (2025) – Rogério Rego

NACD

IBGC

Board Academy

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